Smart contracts financial institutions ou no português contratos inteligentes para Instituições Financeiras. Tudo sobre o assunto.
A transformação digital mudou a forma como solucionamos nossos problemas, interagimos e trabalhamos. Nesse sentido, os Smart contracts financial institutions são uma das ferramentas da transformação digital que tem tido cada vez mais espaço no mundo empresarial e institucional. Neste artigo, vamos entender o papel dessa tecnologia nas instituições financeiras e como elas podem ser implementadas.
As instituições financeiras lidam com um grande volume de informações e transações. Além do volume, trata-se de um tipo de informação que requer precisão. Por isso, boas práticas e ferramentas de gestão de documentos são fundamentais. Os Smart Contracts atuam justamente nesse campo. Isto é, eles são contratos inteligentes que otimizam a gestão dos contratos a partir da automação da execução de termos e cláusulas.
Mas essa tecnologia ainda é uma novidade que gera dúvidas. Por isso, separamos para você como funcionam os Smart Contracts e como implementá-los em 4 etapas nas instituições financeiras.
A Plataforma Blockchain
O uso dos Smart Contracts ocorre através de uma outra tecnologia, a plataforma Blockchain. Por isso, antes de mais nada, vamos entender o que é Blockchain.
Essa plataforma já nasceu ligada ao setor financeiro, especificamente às transações com criptomoedas. Hoje em dia, a plataforma já não se restringe apenas a essa modalidade de transação e não só pode como já é usada por empresas, escritórios e instituições de todos os tipos.
A plataforma Blockchain é um banco descentralizado de armazenamento de dados. Vamos entender melhor.
O Blockchain funciona da seguinte forma: os registros, como os contratos inteligentes, são inseridos em uma rede dentro da plataforma. Para tanto, todos os envolvidos na cadeia precisam concordar com a ação. Depois de inserida, a informação não pode ser alterada ou apagada sem que todos os envolvidos na rede também fiquem a par da ação. Ou seja, o registro depende da concordância entre as partes envolvidas e, ao mesmo tempo, a integridade da informação é protegida.
Smart Contracts
Dentro dessa plataforma, os Smart Contracts têm a capacidade de auto execução das cláusulas e dos termos previstos no documento. Isso significa que a tecnologia identifica quando as condições estabelecidas no contrato foram cumpridas. Com isso, os Smart Contracts automaticamente fazem as ações previstas a partir daquela condição.
Imagine, por exemplo, uma situação em que o cliente solicita um financiamento para uma instituição financeira. Uma das características do contrato é que o valor total requerido não será liberado de uma única vez, mas em parcelas.
Contudo, a liberação das parcelas é condicionada por determinados termos. Quando falamos em auto execução dos contratos significa que quando as condições previstas forem realizadas, a nova parcela do financiamento será automaticamente liberada para o cliente sem a intermediação de terceiros. Isto é, quando a condição do contrato é cumprida, ele executa de forma autônoma a consequência estabelecida, como a liberação de uma parcela de financiamento ou um pagamento.
As 4 etapas para implementar os Smart Contracts
Agora que você já sabe o que são e como funcionam os Smart Contracts, vamos checar as 4 etapas necessárias para implementar os Smart Contracts nas instituições financeiras.
1. Negociação entre as partes envolvidas
Como em qualquer tipo de contrato, o primeiro passo é a negociação e acordo entre as partes envolvidas. As cláusulas, termos e condições devem contar com a concordância de todas as partes envolvidas.
2. Redação do Contrato
Feita a negociação, o contrato deve ser redigido em conformidade com as regras jurídicas. Contudo, há uma diferença em relação aos contratos tradicionais nesse momento.
A instituição financeira precisará acionar um programador, já que o contrato deverá ser redigido em linguagem de programação. É fundamental que o departamento jurídico elabore o contrato de modo claro. É a qualidade da tradução para a linguagem da programação que garante uma auto execução eficiente e alinhada com as normas e regulações jurídicas.
A linguagem da programação, a informação e os termos do contrato se tornam blocos de códigos. É através desse mecanismo que os algoritmos atuarão no contrato, tornando-o auto executável dentro da plataforma blockchain.
3. Registro na plataforma Blockchain
Com o contrato devidamente redigido, é hora de entrar na plataforma blockchain. Para registrar seu contrato, é necessário ter uma carteira digital e vinculá-la à rede onde quer publicar seu contrato.
4. Publicação do contrato na plataforma Blockchain
Por fim, temos a publicação propriamente dita do contrato. Isso significa que os blocos de informação do documento estão efetivamente na cadeia blockchain e serão compartilhados com todos os nós da rede, que são os computadores que participam dela.
A partir disso, quando o cliente da instituição financeira realizar a condição estabelecida na negociação, automaticamente a parcela seguinte do financiamento, para seguir nosso exemplo, será liberada sem a necessidade da intermediação de terceiros.
Benefícios dos Smart Contracts
Agilidade nas transações
A característica de auto execução dos contratos torna as transações automatizadas. Isso implica em um grau de agilidade inalcançável através dos contratos tradicionais. Como consequência, a relação da instituição financeira com os clientes também é otimizada, já que a experiência se torna muito mais fácil, simplificada e efetiva.
Segurança
A segurança é um dos principais benefícios dessa tecnologia. As transações ficam muito menos suscetíveis às fraudes e garantem transparência em uma plataforma que funciona com mecanismos de ponta para proteção da informação.
Economia
A economia acontece tanto pela desburocratização dos procedimentos quanto pela redução de erros em relação ao cumprimento dos contratos.
Armazenamento
Na plataforma, os documentos ficam armazenados com segurança pelo próprio mecanismo de blocos, de modo que jamais são perdidos.
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