Descubra a importância do ESG na cadeia de suprimentos e como suas práticas são essenciais para a vitalidade dos negócios.
As práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) já fazem parte da realidade das empresas, em especial, daquelas que desejam crescer e se tornar cada vez mais alinhadas aos stakeholders e investidores, pois a sustentabilidade não é mais uma opção, mas uma urgência. Nesse contexto, o fortalecimento do ESG na cadeia de suprimentos torna-se essencial para garantir responsabilidade em toda a jornada dos produtos e serviços.
Partindo desse contexto, falaremos sobre essa urgência na adoção de práticas ESG na cadeia de suprimentos, sua importância e como elas são essenciais à permanência e vitalidade dos negócios.
Entendendo o papel do ESG na cadeia de suprimentos
O ESG é um conceito multifacetado e que abrange 3 pilares interdependentes, sendo eles: ambiental, social e governança, todos relacionados com a gestão da cadeia de suprimentos. Partindo do contexto da gestão da cadeia de suprimentos, tradicionalmente centrada em eficiência e redução de custos, evolui para incorporar tais princípios devido à sua relevância.
A integração desses princípios não apenas responde às expectativas éticas da sociedade, mas também apresenta benefícios tangíveis para as empresas. Um dos primeiros benefícios que podemos listar aqui é a sustentabilidade a longo prazo, pois ao considerar fatores ambientais, sociais e de governança na gestão da cadeia de suprimentos, as empresas contribuem e direcionam as suas práticas para um futuro sustentável e com poucos impactos negativos.
Além disso, também é possível mitigar riscos por meio da melhoria contínua dos processos operacionais, legais e reputacionais, promovendo a resiliência da cadeia de suprimentos diante de desafios. Aqui, é importante lembrar que as empresas comprometidas com práticas ESG são mais atraentes para investidores e clientes conscientes, melhorando a sua reputação positiva e lealdade do consumidor.
Desafios atuais na cadeia de suprimentos e necessidades de transformação
A cadeia de suprimentos moderna enfrenta vários desafios complexos que exigem uma reavaliação significativa de suas práticas. A necessidade de transformação tornou-se inegável, impulsionada pela crescente consciência global sobre os impactos ambientais, sociais e econômicos.
Devemos destacar que muitas vezes a cadeia de suprimentos opera em ambientes propensos a vulnerabilidades ambientais e sociais. Eventos climáticos extremos, desastres naturais e problemas sociais, como violações dos direitos humanos, podem interromper severamente as operações.
A dependência excessiva de fontes não sustentáveis e práticas que ignoram as comunidades locais torna a cadeia de suprimentos suscetível a falhas, e por isso, a identificação e mitigação dessas 22vulnerabilidades tornam-se essenciais para a construção de uma cadeia de suprimentos ética e resiliente.
Quanto aos riscos corporativos, a ausência de práticas sustentáveis na cadeia de suprimentos expõe as empresas a uma série de situações que podem causar problemas. A exploração excessiva de recursos naturais, a emissão descontrolada de poluentes e a negligência das condições de trabalho podem resultar em danos significativos à reputação da empresa.
Além disso, regulamentações ambientais mais rigorosas estão sendo implementadas globalmente, aumentando os riscos legais para empresas que não adotam práticas sustentáveis, o que não afeta apenas a imagem do seu negócio, mas também, implica custos operacionais e legais.
Aqui, podemos citar como exemplo desse tipo de situação as multas por não conformidade com regulamentações ambientais, perda de contratos devido à escassez de recursos naturais, e claro, o comportamento do consumidor, que está cada vez mais consciente e decidido em consumir de empresas que possuem práticas sustentáveis.
A urgência da adoção de práticas ESG
Para que você compreenda melhor a importância e a urgência em adotar práticas ESG na cadeia de suprimentos, é importante analisarmos alguns dados sobre economia e consumo. Como o ESG e as práticas sustentáveis estão diretamente relacionados com a imagem da empresa, e de acordo com a Global Sustainable Investment Alliance, somente no ano de 2018, os fundos sustentáveis movimentaram cerca de 30 trilhões de dólares em ativos.
Não obstante, a tendência de consumo está cada vez mais alinhada com essa questão, pois mais de 50% dos consumidores afirmam que estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços fornecidos por empresas que estão comprometidas com o impacto socioambiental positivo. Além disso, não podemos esquecer a questão climática, pois estamos enfrentando uma crise sem precedentes, na qual as mudanças climáticas estão se acelerando e causando impactos significativos em todo o planeta.
Essa crise não é apenas uma preocupação ambiental, mas representa uma ameaça direta para a operação das empresas. A escassez de recursos naturais essenciais como água e energia afeta diretamente a produção e os custos de operação.
Nesse contexto, eventos climáticos externos podem interromper a cadeia de abastecimento, resultando em atrasos, perdas e desafios logísticos, tal como a pressão regulatória pela redução das emissões de carbono e a adoção de práticas sustentáveis estão cada vez maiores. Assim, a urgência em adotar práticas ESG na cadeia de suprimentos não é apenas uma resposta às expectativas sociais, mas uma medida essencial para garantir a continuidade dos negócios.
Empresas brasileiras que lideram na adoção de práticas ESG
A conscientização sobre a importância das práticas ESG na cadeia de suprimentos está crescendo em todo o mundo, e as empresas brasileiras não estão apenas acompanhando esta tendência, mas muitas delas estão se destacando como líderes na adoção dessas práticas.
Como dito anteriormente, as práticas de ESG podem influenciar diretamente na imagem e na atração de investidores, e uma das formas de avaliar as empresas na bolsa de valores é por meio da performance ESG e sua relação com os resultados financeiros e de governança.
No Brasil, um dos instrumentos de avaliação de desempenho de empresas é o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, que considera o desempenho médio de ativos de empresas reconhecidas por seu comprometimento com a sustentabilidade.
De acordo esse índice e com a primeira prévia do relatório ISE B3 2023/2024, empresas como a Ambev, Arezzo, Banco do Brasil, Cielo, Eletrobrás, Magazine Luiza e Raízen fazem parte dessa lista de 78 companhias que compõem a carteira de empresas.
Todas as empresas que compõem o ISE B3 são empresas que cumprem alguns critérios, como o índice de comprometimento com a sustentabilidade, incluindo o estabelecimento de programas, metas e monitoramento de emissões de carbono e outras práticas sustentáveis.
Diante deste cenário, estar alinhado e ter boas práticas na gestão de fornecedores é essencial para se destacar em meio à concorrência. Ao adotar princípios de ESG na cadeia de suprimentos, sua empresa não apenas fortalece a responsabilidade socioambiental, como também potencializa a gestão de fornecedores e se alinha aos padrões de sustentabilidade com a Efcaz.
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